Artigo do Professor Gabriel Dezen Júnior.
Fonte: IG Concursos. Publicado em 22/6/2011.
Se você está imerso no universo dos concursos públicos, certamente já passou pela sua cabeça vir a ser nomeado para um cargo de provimento efetivo no Senado Federal.
A Câmara Alta do Legislativo federal hospeda alguns dos cargos mais ambicionados do serviço público em todo o País. Posições como Consultor Legislativo, Analista Legislativo e Técnico Legislativo alimentam os sonhos de milhares de brasileiros espalhados pelo território nacional. O padrão remuneratório - decerto a primeira luz que acende na mente dos candidatos em concursos públicos - é o grande atrativo, mas provavelmente não o único. Elementos como carreira, gratificações funcionais, estabilidade e completa cobertura de assistência à saúde, igualmente, tornam o Senado um empregador muito ambicionado. Apesar de haver, hoje, algumas dúvidas sobre a nova estrutura de cargos, carreiras e atribuições na estrutura administrativa, produto de uma reforma administrativa que está sendo elaborada e que, ao que tudo indica, trará algumas importantes novidades, o Senado segue sendo enormemente atraente aos chamados "concurseiros".
Mas e o outro lado da moeda? Você quer um cargo no Senado, contudo o que deve fazer para atingi-lo? Como chegar lá?
Há milhares de linhas já escritas que procuram dar uma "luz" ao candidato. Eis algumas sugestões que faço, produto da minha experiência como candidato, primeiramente, e depois como professor e autor. Essas considerações reputo fundamentais a uma boa preparação e tenho passado e repassado aos alunos das minhas turmas preparatórias para esse concurso extremamente exigente;
1. NÃO espere pela publicação do edital. O volume de matérias que será exigido, a qualificação dos que vão disputar vaga com você e o pouco espaço de tempo até a data das provas (não mais do que 90 dias) não permitirão que você se prepare para ser competitivo se começar tarde. Lembre-se de que centenas já estão em pleno processo de preparação, construindo uma vantagem estratégica enorme sobre quem ainda está na fase das reflexões.
2. NÃO procure decorar ou memorizar leis, Constituição e, principalmente, o Regimento Interno. Você só estará fazendo uma preparação adequada se conseguir entender o que está lendo. Você tem de se habilitar a pensar a matéria, a racionar. Memorizar é o pior caminho, além de, obviamente, impossível: só o Regimento Interno tem 413 artigos e dezenas de prazos e processos.
3. NÃO trabalhe com montanhas de materiais. Tenha um ou dois bons livros ou apostilas de cada matéria e trabalhe seu conteúdo com profundidade.
4. NÃO escolha seu curso ou seus livros e apostilas apenas pelo preço. Procure qualidade. Procure ler e ouvir quem sabe sobre o que está falando e sobre o que escreveu. As provas são exigentes demais. Não há espaço para amadores.
5. NÂO se preocupe com exercícios no início da preparação. Resolução de questões é útil para checar o que você aprendeu, mas primeiro você precisa ter aprendido.
6. NÃO se limite a leituras e ouvir aulas. Uma preparação adequada exige que você remexa a matéria. Transforme artigos sobre processo em fluxogramas. Construa quadros comparativos de conceitos semelhantes. Em temas mais complexos, monte quadros-resumo, com os principais apontamentos. O exercício mental requerido para fazer isso é uma excelente forma de estudo.
7. NÂO desperdice tempo. Ao longo de um dia há dezenas de momentos que você pode usar para estudar. Trinta minutos é um tempo enorme quando bem utilizado.
Essas são as minhas principais dicas a quem quer realmente buscar um cargo no Senado. Se você quiser ou precisar de mais algumas orientações sobre como trabalhar a matéria, entre em contato comigo por meio da Vestcon Editora. Será um prazer auxiliar você na sua preparação.
*Gabriel Dezen Júnior é Consultor Legislativo do Senado Federal, Professor de Direito Constitucional e Regimento Interno do Senado Federal.
Autor, entre outras obras, da Constituição Federal Esquematizada e do Regimento Interno do Senado Federal Esquematizado.
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